sábado, 20 de abril de 2013

Vendas de imóveis usados e locação residencial recuperam fôlego em SP


Depois de fecharem 2012 em queda, a venda de imóveis usados e a locação de casas e apartamentos recuperaram fôlego em janeiro no Estado de São Paulo. As vendas cresceram 0,96% e o número de unidades alugadas aumentou 16,41% na comparação com dezembro, segundo pesquisa feita com 1.367 imobiliárias de 37 cidades pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (CRECISP). 

"Não foi um resultado excepcional, mas o que importa é que foi positivo e representativo de um comportamento até atípico no caso do mercado de imóveis usados", avalia José Augusto Viana Neto, presidente do CRECISP. Janeiro é mês de férias e por isso as vendas costumam baixar, daí a surpresa com o resultado, mais significativo ainda quando se considera a queda de 15,61% nas vendas em dezembro.
Os sinais são invertidos no mercado de locação residencial porque as festas de final de ano fazem a procura pelos imóveis baixar, voltando a crescer em janeiro. "É o mês em que a procura por casas e apartamentos costuma crescer por causa dos jovens universitários que vêm para a Capital estudar e das famílias que se mudam em função da mudança de escola e também de emprego", explica Viana Neto. Em dezembro, o número de novas locações contratadas no Estado foi 4% menor que o de novembro.
O crescimento das vendas e da locação não impediu que os preços médios dos imóveis vendidos e os valores dos aluguéis residenciais baixassem em janeiro. A queda foi de 9,05% em comparação com dezembro, e chega a 30,45% no acumulado de 12 meses, segundo o Índice Estadual de Preços de Imóveis Usados Residenciais do CRECISP. O índice CRECISP é composto por todos os preços de imóveis vendidos e dos aluguéis novos contratados nas imobiliárias consultadas nas 37 cidades do Estado.
"Há preços que subiram e baixaram e o mesmo aconteceu com os aluguéis, mas o movimento geral nos dois mercados indica um ajuste ao bolso do comprador e do inquilino", justifica Viana Neto. O presidente do CRECISP menciona como exemplo desse ajuste os descontos concedidos em janeiro pelos proprietários sobre os preços inicialmente pedidos por seus imóveis - 8,56% para casas e apartamentos em bairros de áreas nobres, 8,35% em regiões mais periféricas e 6,52% nos bairros centrais.
"O aluguel residencial segue a mesma lógica, e na maioria dos casos, o valor inicial desejado pelo proprietário acaba sendo menor quando se fecha o contrato", afirma Viana Neto. Em janeiro, a pesquisa CRECISP apurou no Estado de São Paulo desconto médio de 14,94% para aluguéis de casas e apartamentos em bairros de áreas nobres, de 10,6% para os localizados em bairros da região central e de 9,67% para os situados em bairros mais distantes do Centro.
Vistas isoladamente, algumas das quatro regiões do Estado que compõem a pesquisa tiveram descontos ainda maiores que esses da média geral do Estado. No Interior, o desconto máximo chegou a 16,2% para imóveis de bairros nobres. Na região formada pelas cidades de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Guarulhos e Osasco, o desconto foi de 16% também para imóveis dos bairros nobres.

Financiamento respondeu por 55,85%
das vendas de imóveis usados em SP

Em janeiro, 55,85% dos imóveis usados vendidos no Estado de São Paulo contaram com financiamento bancário. As vendas no período foram 0,96% maiores que em dezembro - o índice estadual de venda evoluiu de 0,5072 para 0,5121.
O crescimento foi obra do expressivo aumento de vendas registrado em uma das quatro regiões que compõem a pesquisa do CRECISP - a que é formada pelas cidades do A, B, C, D, Guarulhos e Osasco, com alta de 62,5%. Nas demais, houve queda: de 4,61% na Capital, de 5,76% no Interior e 7,07% no Litoral.
Não por acaso, a região do A, B, C, D, Guarulhos e Osasco foi a que mais teve vendas feitas com financiamento bancário - 75,21% do total. No Interior, os financiamentos responderam por 63,88% das unidades vendidas e no Litoral, por 48,45%. Na Capital, as vendas à vista somaram 65,87% das unidades vendidas, ficando os financiamentos com 35,24%.

Apartamentos têm a preferência
Os apartamentos foram os preferidos dos compradores em janeiro no Estado de São Paulo, segundo apurou a pesquisa CRECISP. Foram 53,57% do total; e as casas responderam pelos 46,43% restantes.
Os imóveis mais vendidos no Estado de São Paulo em Janeiro foram os de preço médio superior a R$ 200 mil - eles representaram 52,66% do total de contratos fechados nas imobiliárias pesquisadas. Na divisão por regiões, imóveis com esse preço médio foram também os mais vendidos na Capital (86,07% do total) e nas cidades do A, B, C, D, Guarulhos e Osasco (58,62%). No Interior, predominaram os de preço médio até R$ 200 mil (57,03% das vendas) e, no Litoral, os de preço médio até R$ 180 mil (53,61%).
Os bairros de regiões centrais concentraram em janeiro a maioria dos negócios fechados pelas imobiliárias pesquisadas. Eram dessas regiões 77,78% das unidades vendidas no A, B, C, D, Guarulhos e Osasco; 78,33% no Interior; 75,26% no Litoral.

Imóveis mais alugados em SP
custam até R$ 800,00 mensais

Casas e apartamentos com aluguel mensal de até R$ 800,00 foram os campeões de locação no Estado de São Paulo em janeiro. Eles representaram 50,42% das novas locações contratadas nas 1.367 imobiliárias pesquisadas pelo Crecisp em 37 cidades. Na divisão por regiões, a faixa dos mais alugados sobe para até R$ 1.000,00 nas cidades do A, B, C, D, Guarulhos e Osasco (63,32% do total) e Litoral (54,76%) e chega a R$ 1.200,00 na Capital (60,05%). No Interior, a faixa mais alugada foi a de imóveis com valor até R$ 800,00, com 58,08% das locações.
Os imóveis alugados no Estado nas imobiliárias consultadas representaram 16,41% a mais que em dezembro. O crescimento no número de locações foi puxado por três das quatro regiões que compõem a pesquisa CRECISP - Interior (+ 21,57%), Litoral (+ 29,15%) e o A, B, C, D, Guarulhos e Osasco (+ 39,6%). Na Capital houve queda de 3,34%.
Alugaram-se mais casas (51,87% do total) do que apartamentos (48,13% das locações).
O fiador reinou soberano entre as várias modalidades de fiança utilizadas pelo mercado de locação. Ele esteve presente em 64,6% do total de novos contratos formalizados no Estado, mas, na divisão por regiões, chegou a até 84,19% no Interior.
A preferência dos novos inquilinos recaiu sobre imóveis situados em bairros das regiões centrais das cidades pesquisadas - foi assim com 87,48% dos contratos na região do A, B, C, D, Guarulhos e Osasco; com 87,73% no Interior; com 76,19% no Litoral.

Aluguel médio em queda
O aluguel residencial está em queda em duas das três regiões em que se situam os imóveis pesquisados mensalmente pelo CRECISP no Estado de São Paulo. Nos últimos 12 meses, o aluguel médio de imóveis localizados em bairros de áreas centrais baixou 15,96%, passando de R$ 1.291,90 em fevereiro de 2012 para 1.085,59 em janeiro último.
O aluguel médio de imóveis em bairros de regiões mais periféricas teve redução de 9,11% entre fevereiro do ano passado e janeiro - de R$ 892,42 para R$ 811,11. Já o aluguel médio de imóveis situados em áreas nobres aumentou 4,32% nesses 12 meses - de R$ 1.879,90 em fevereiro para R$ 1.961,26 em janeiro.
A pesquisa CRECISP contatou aumento da inadimplência em Janeiro no Estado de São Paulo. Estavam com o aluguel atrasado 3,89% dos inquilinos com contrato nas imobiliárias pesquisadas, percentual 11,14% maior que os 3,5% de devedores de dezembro.

A pesquisa CRECISP foi realizada em 37 cidades do Estado de São Paulo: Americana, Araçatuba, Araraquara, Bauru, Campinas, Diadema, Guarulhos, Franca, Itu, Jundiaí, Marília, Osasco, Piracicaba, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Rio Claro, Santo André, Santos, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São Carlos, São José do Rio Preto, São José dos Campos, São Paulo, Sorocaba, Taubaté, Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião, Bertioga, São Vicente, Peruíbe, Praia Grande, Ubatuba, Guarujá, Mongaguá e Itanhaém.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado por deixar sua mensagem
O Editor