Reunião do PT termina em pancadaria

iG Paulista
Cecilia Cebalho | cecilia.cebalho@rac.com.br


Foto: Leandro Ferreira/AAN
Jaírson Canário (PT) conversa com militante antes de tumulto em reunião do partido


Terminou em pancadaria a reunião da Executiva do PT de Campinas que iria decidir sobre a expulsão de 13 membros do partido, entre eles o Secretário de Trabalho e Renda Jaírson Canário, na tarde de sábado (16). A briga começou após a entrega das defesas dos filiados acusados de infidelidade às decisões da sigla por atuação no governo Jonas Donizette (PSB). Com a confusão, a reunião foi suspensa e um novo encontro, a portas fechadas, somente com membros do diretório, foi marcado para terça-feira.

O presidente do PT na cidade, Ari Fernandes, afirmou que duas pessoas que não eram filiadas ao partido começaram a briga. Eles teriam partido para cima da mesa onde estava a diretoria do PT, no momento em que o julgamento dos filiados iria começar. Antes do imbróglio, havia sido votada a mudança de oito nomes do diretório municipal do partido. Para Fernandes, a confusão começou por pessoas que defendiam a permanência de Canário.

“Nós esperávamos que alguma coisa parecida pudesse ocorrer, os ânimos estavam exaltados. É um processo duro, mas não é o caso de quebrar tudo”, disse o presidente da Executiva da sigla. A responsabilidade pelo incidente será apurada pera diretoria do PT. No entanto, Fernandes falou que não foi registrado boletim de ocorrência.

O secretário de Trabalho e Renda disse ao Correio que não viu como a briga começou, pois estava no fundo da sala. Mas para ele, o modo como foi conduzida a reunião pela diretoria do partido teria irritado os participantes. “O Ari (Fernandes) não estava fazendo papel de mediador, mas sim de atirador. Ele fez discursos acalorados a favor da expulsão. Isso deixou todo mundo muito nervoso”, afirmou Canário. O secretário negou ainda que as pessoas que começaram a briga estariam com ele. “Não conheço esses sujeitos, acredito que nem sejam do PT”, completou.