terça-feira, 29 de janeiro de 2013

CIDADES AMIGAS DA PESSOA IDOSA

Sebastião Misiara *

O IBGE afirma que a população brasileira está diminuindo a velocidade de crescimento e que em 2030 o crescimento será zero.

As famílias jovens têm cinqüenta por cento menos filhos do que as da geração anterior e eles chegam mais tarde, com pais jovens.

A estimativa de vida do brasileiro saltou para mais de setenta e dois anos. Envelhecemos e temos grandes desafios, como reformar a previdência, criar programas de atenção social que acompanhem o cotidiano do idoso que vive sozinho, estabelecer políticas habitacionais compatíveis com as necessidades de milhões de brasileiros, enfim, proporcionar dignidade para quem tem vitalidade, mas deve enfrentar uma nova fase da vida, com limitações de toda ordem.

Esse novo quadro de nossa população exige que os governos municipais incrementem programas da “melhor idade” e, ao mesmo tempo, criem novas alternativas de promoção da qualidade de vida. Entre as prioridades mais evidentes, prefeitos e vereadores precisam oferecer programas que tirem os idosos da inatividade e do ócio total, que levam à perda da auto-estima.

Em nossas andanças pelo interior assistimos o sucesso de idosos criando e dirigindo cooperativas de trabalho artesanal, guias turísticos e oficinas de música e literatura.

O importante nessas atividades é que as oportunidades de continuarem a contribuir efetivamente com suas comunidades, as tornam mais felizes e motivadas pela vida.

Embora a atividade produtiva seja uma das soluções mais desejáveis, há interferências importantes para que os municípios se tornem verdadeiramente inclusivos. Um simples passeio pelas cidades tem nos dado a clara evidência de que o ambiente urbano não está adequado mesmo a uma pessoa sem dificuldades naturais para caminhar.

Imaginemos, ainda, as pessoas com deficiência em passeios pelas ruas da maioria das cidades. Constatar-se-á que mesmo sair de casa e ir até a praça mais próxima, pode significar a diferença entre se tornar uma pessoa solitária e depressiva ou fazer amigos com atividades motivadoras.

Nasce o ano sob o “signo da esperança”, com agentes públicos, definidos em eleição onde a ficha limpa e a necessidade de fazer a felicidade das pessoas, fizeram a diferença.

Para cumprir seu papel de respeitar os direitos de seus cidadãos, nossas cidades precisam com urgência implantar a padronização, com acessibilidade das calçadas – o espaço público mais imediato e mais reclamado em pesquisa da Uvesp.

O Governo de São Paulo fez a sua parte. Criou o “Estado Amigo da Pessoa Idosa”. É a hora dos municípios. Em países municipalistas a adesão do Poder Local é fundamental para que os projetos prosperem.

Sebastião Misiara
Presidente da União dos Vereadores do Estado de São Paulo

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